Dicas de Vestibular


Enem 2013: aprenda a administrar bem o tempo na hora da prova

O primeiro passo, que serve para qualquer exame, é fazer simulados. Faça provas do Enem de anos anteriores, usando o tempo real da prova, para poder ter uma ideia da dificuldade de se fazer um exame tão longo. O simulado pode ser feito em casa mesmo. 
O importante é acertar o cronômetro para que você não ultrapasse o tempo que terá no dia da prova.
A segunda dica é ler primeiro as questões e só depois ler o texto. Isso vai ajudar a olhar para o texto já sabendo quais são as principais informações que você vai precisar buscar ali. 
O procedimento segue um pouco o inverso do habitual, já que para estudar é preciso ler o texto antes e resolver as questões depois.
Com as questões em mente, é hora de começar a leitura. Primeiro, faça uma leitura panorâmica do texto, só lendo por cima, para obter uma ideia geral do que trata cada parágrafo. Depois, leia com mais calma e coloque colchetes na margem, destacando os trechos que parecem ser mais importantes. Como você já vai ter lido as perguntas, saberá as partes principais relacionadas com as questões. Por último, volte nos colchetes e sublinhe as palavras-chave. Assim, será mais fácil consultar o texto enquanto você responde às perguntas.
Para o domingo, dia da redação, o melhor é investir mais tempo elaborando um esquema do que você gostaria de escrever, em vez de simplesmente começar um rascunho e passar a limpo. Faça uma lista de todas as ideias que poderiam estar na redação e depois monte um esqueleto do texto, colocando o que vai ter na introdução, nos parágrafos de desenvolvimento e na conclusão. Assim, quando começar o rascunho, você já terá praticamente o texto definitivo.
Os alunos perdem tempo, e a redação fica prejudicada no argumento, porque começam a organizar as ideias enquanto escrevem. Tem que primeiro organizar as ideias, com um esquema, e depois fazer a redação. Assim se ganha muito tempo também e muita qualidade no texto – afirma Fábio Mendes, autor de Vestibular e Enem 100%: Método de Estudo, Descanso e Lazer e A Formação de Hábito de Estudo  Teoria e Prática
Programe-se
Quando: 26 e 27 de outubro (sábado e domingo)
Horário: 13h (recomenda-se chegar ao meio-dia ao local de prova)
Primeiro dia: Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Segundo dia: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e Redação
Tempo de prova: 4h30min no primeiro dia e 5h30min no segundo


 


 

Estudo diário

Por Marla Rodrigues
http://vestibular.brasilescola.com/dicas/estudo-diario.htm

Reservar de 3 a 4 horas para estudar todos os dias é o caminho para fixação de todo o conteúdo O estudo diário é o segredo para um bom desempenho na hora da prova, tanto nos exames cotidianos do colégio quanto no exame do vestibular. A maioria dos professores de ensino médio e cursinhos preparatórios compartilha essa opinião e deixa claro que o estudo durante a madrugada só prejudica o rendimento do aluno nas aulas da manhã seguinte.

O aluno deve criar uma programação diária de estudos, levando em consideração as necessidades pessoais e dedicando um tempo maior para as disciplinas em que possui dificuldades. É importante prestar muita atenção nas aulas e tirar as dúvidas na hora com o professor. O ideal é repassar tudo o que foi visto na escola no mesmo dia, evitando, assim, o acúmulo de matérias. Reserve um tempo maior para aquelas matérias que exigem muitos cálculos como matemática, física e química. O tempo para essa revisão diária não deve ultrapassar cinco horas.

Estudar na véspera da prova além de não ajudar, atrapalha. Essa prática acaba fazendo com que o aluno adquira dúvidas na hora errada, ou seja, na hora em que elas não poderão ser sanadas pelo professor. E como se isso não bastasse, a autoconfiança fica lá embaixo, aumentando o nervosismo na hora de resolver as questões. Se você já estudou e acha que deve revisar antes da prova, cuidado, isso pode embaralhar as informações, fazendo o cérebro criar falsas associações. O melhor é aproveitar o tempo com outro tipo de leitura, fazendo o máximo para relaxar e não sobrecarregar a mente.

Para quem já vai prestar o vestibular a dica é fazer as provas dos anos anteriores das universidades que você vai tentar no fim dos semestres. Dessa forma, o estudante fica mais familiarizado com o estilo e o nível da prova e fica mais preparado e calmo para quando for a hora da verdade.

Quando pensamos em vestibular, pensamos logo na necessidade de uma boa preparação, em um ensino de qualidade e isto é realmente importante para quem quer entrar em uma universidade renomada e de vagas muito disputadas. Procure pelos colégios que têm um bom índice de aprovação em universidades federais, e, se achar necessário, também dê uma olhada nos cursinhos preparatórios de vestibular, pois estes têm um ensino voltado à aprovação destes concursos. Mas lembre-se: o cursinho serve como um complemento do ensino médio e é um recurso extra para o estudo objetivo das provas de vestibulares anteriores.

A preparação continuada do aluno ajuda o mesmo a se sentir preparado para a “prova de fogo”, não deixando que o nervosismo tome conta da mente, ocasionando os famosos “brancos”, ou lapsos de memória. Porém, o estudante não deve deixar de viver para estudar. O lazer é importante para relaxar o corpo e a mente, e o esporte ajuda a manter o corpo com boa disposição, por isso, nada de chás, café, refrigerantes ou estimulantes porque o descanso é fundamental para um bom rendimento escolar.







                                           Motivação e orientação vocacional

A escolha certa

A escolha é um atributo do ser humano. Escolher significa posicionar-se dentre as alternativas que se constituem como possibilidades reais, cada uma delas com seus pontos positivos e negativos.
Escolher é quase sempre difícil, pois significa que, pelo menos a princípio, temos à disposição todas as alternativas.
Como todas as escolhas que fazemos na vida, a escolha da profissão deve ser o resultado de um processo de decisão. De um lado o indivíduo tem seus desejos, e de outro, as probabilidades. Entre os desejos e as probabilidades estão as possibilidades e os limites.
O universo das profissões é muito amplo e as características das pessoas são múltiplas. Para tomar uma decisão é preciso sempre conhecer todas as possibilidades - isto é, obter o máximo de informação possível sobre as profissões e sobre si próprio.
O que conhecemos sobre nós mesmos é tão importante quanto as informações sobre as profissões e o mundo do trabalho.
A escolha é em última instância, um ato de coragem. Não existe escolha sem risco, mas sim escolhas com mais risco (quando tomadas somente em bases subjetivas e fantasiosas ) e com menos risco (quando tomadas sobre bases mais reais).
Por fim, decidir-se por uma profissão não determina para sempre o rumo de nossas vidas; ou seja, a escolha profissional não é definitiva, mas para que se evitem riscos maiores, esta deve ser criteriosa.
Não existe uma única escolha certa, mais sim escolhas mais adequadas: as que construímos ao longo da vida e que incorporam todas as nossas vivências, resultando em nossa trajetória única e pessoal.

A escolha representa um esboço de projeto de vida.

Que curso fazer? (Atenção, é escolha para toda vida!)
Faltando um mês para o fim das incrições para os vestibulares, muitos estudantes ainda não sabem que curso escolher. Para os especialistas, a saída é estudar as profissões, observar o que gosta e até fazer um teste vocacional.
Se decidir a roupa para sair, resolver qual filme assistir com os amigos, optar pela viagem ou pela festa de formatura já é difícil para um adolescente, imagine aos 16, 17 anos ter de escolher uma profissão para seguir, provavelmente, pelo resto da vida. Ainda mais quando as opções não param de aumentar. Neste ano, apenas a Fuvest ? o vestibular da USP ? está oferecendo 69 carreiras aos estudantes, sendo que algumas, como informática médica, são tão novas que fica difícil saber que tipo de profissional elas formam. Faltando apenas um mês para o fim das inscrições nas principais universidades, ainda há muita gente em dúvida. "É normal que o jovem não saiba o que escolher porque ele ainda não se conhece direito nem sabe muito sobre as carreiras", afirma Maria Stella Sampaio Leite, psicóloga e orientadora vocacional da Colméia - ONG que trabalha há 60 anos com orientação profissional. "E a variedade de cursos complica ainda mais, já que o estudante não tem maturidade suficiente para fazer uma escolha tão específica."

Jovem não deve esperar por resposta mágica

A psicóloga acredita que os jovens devem levar em conta o que gostam de ler, o que observam em uma viagem, o que lhes dá prazer, o que fazem nas horas de lazer, sobre o que têm curiosidade e quais são as pessoas por quem têm admiração para tentar decidir o caminho que seguirão. "Isso ajuda o aluno a definir suas prioridades e a tomar decisões." O diretor do Nace Orientação Vocacional, Silvio Bock, lembra que uma decisão nunca é fácil. "Escolher qualquer coisa é sempre uma tarefa difícil para o ser humano e, por isso, a indecisão é mais do que natural", afirma. "Mas o jovem não pode esperar uma resposta mágica nem ficar procurando uma vocação inata porque não é em todo mundo que ela aparece."
O melhor a fazer, afirma, é batalhar. "Conhecer cada profissão, se conhecer, definir projetos, imaginar sua vida no futuro, descobrir se a imagem que faz da carreira é mesmo verdadeira e ter noção da realidade em que vive são pontos que auxiliam muito nessa hora de escolha." Mas a melhor decisão é a que une uma série de motivos e não apenas um, acredita o psicólogo.
"Escolher uma carreira apenas porque ela costuma pagar altos salários não é bom. Esse fator tem de estar combinado a outros, como o prazer de executar as tarefas necessárias na profissão." No momento da dúvida, os pais também podem ajudar bastante. "Mas eles não devem afobar os jovens, que já são afobados. Devem fornecer elementos para a decisão", diz Maria Stella. "É importante orientar, mostrar os prós e os contras das profissões, mas sem autoritarismo nem pressão." Para os estudantes muito confusos, lembra, a orientação vocacional é uma boa saída. "Ela funciona como uma terapia rápida: ajuda o adolescente a se conhecer e a pensar nas alternativas." Orientação durante toda a vida escolar.
Já o Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual (Iadi) acaba de lançar o Relatório de Acompanhamento do Desenvolvimento Escolar e Pessoal (Radep). "Desde que a criança entra na escola, começamos a observar o que ela mais gosta e no que se dá melhor", conta o diretor-executivo do Iadi, Dieter Kelber. "Baseados nessas observações, criamos um relatório de orientação."
Ele explica que o acompanhamento ao longo dos anos é a melhor forma de indicar caminhos aos jovens. "A orientação vocacional capta apenas o momento atual do estudante", diz. "Com o relatório, o aluno tem seu perfil definido e pode compará-lo ao que é exigido pelas profissões." Kelber também afirma que é possível identificar pequenas dificuldades que podem interferir na carreira profissional. "Se uma criança de 10 anos não gosta de atividades em grupo, por exemplo, podemos indicar a prática de esportes coletivos, já que a maioria das profissões hoje exige capacidade de trabalho em grupo." Mas o Radep só pode ser aplicado por meio das escolas. "Elas têm de entrar em contato conosco e, então, criamos um projeto para cada uma e treinamos os educadores", afirma o diretor. "Já há várias nos procurando."

Fonte: Jornal da Tarde ? São Paulo ? SP

Por Vaneli Garcia Cesar